O muito que ainda dói
Dentro da armadura,
A carne vive,
O sangue corre,
O coração bate...
A vida existe, fremente
Dentro do aço fulgente.
A armadura,
Criada para a luta,
Esconde medos
E a falsa coragem
Que a mais leve aragem
Disputa.
Os riscos da frente aberta
Perdem-se na hora incerta,
Na couraça ou na trapaça
Que o medo tornou herói.
Eu sou cobarde de raça,
Sentindo tanta desgraça
Crescendo na escuridão.
...O que mais reveste o coração,
É o muito que ainda dói!
SOL da Esteva
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