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sábado, 25 de novembro de 2017

Vida pouca

                                       


Percorro caminhos
Na eterna incerteza
Do amanhã.
Busco, sozinho
As forças que me suportam.

O sentir me diz
Que há chegado
O final do caminho.

Mas não desistirei,
Porque quero viver
Dentro de mim,
Sozinho,
No meu erro.

Os dentes cerrarei,
Agigantando o ser
Na conquista da Alma.
Tudo farei
Para suster
O que é menos bom no sofrer.

Vejo a imensidão dos trilhos,

Os meandros
E as formas labirínticas
Envolvendo
E afogando
O delírio que me toma.

De garganta rouca
Grito ao Céu o meu tormento.

... E mais nada lamento,
Que não seja vida pouca.



SOL da Esteva

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sábado, 18 de novembro de 2017

O Dom de ser lenho




Sou árvore sem fruto!
Tive flores, na juventude,
Por única virtude.
Agora, as folhas
Amarelecidas ou secas,
Caem sem cessar,
Acenando despedidas.

Fui planta brava
Em terra boa.

Não fui benquisto
Porque me faltava enxertia;
Não flori na Primavera
E não dei frutos no Verão.
Esperava, um dia,
Poder olhar para trás,
Sabendo que existo
Sem ter sido quimera.

Neste Inverno,
Sinto ramos gelados, de cristal,

Por meu pão.
Faltou-me a plenitude
De planta boa e criadora.

...Por única virtude,
Resta-me o Dom de ser lenho
E aquecer, a toda a hora,
O mais Bem-amado
coração.



SOL da Esteva

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sábado, 11 de novembro de 2017

Paz com equidade (Armistício)





Armistício, acto grande após a dor,
Harmonizou Paz, tranquilizou a Terra.
Mas tanta gente, desconhecendo o Amor,
Repete iguais acções, mesmo pela guerra.

Todo o Mundo está esquecido dos tormentos
Que os Povos já sofreram no passado.
Pausar para reflectir por uns momentos
É Dever Sagrado dos homens de Estado.

Ignorar a História é um fraco argumento.
Pobre ignóbil, é aquele que engrandece
O seu (des)aprumo e a sua vaidade.

Rico, é manter recto o seu pensamento,
Pelo bem comum do Povo que o merece,
Promovendo Amor e Paz com equidade.




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sábado, 4 de novembro de 2017

Sem novo despertar




O sol repousa
No horizonte frio
Da linha do mar.

Gelado,
Meditando,
Eu me sinto vazio,
Só,
Desesperado...
Chorando...

Condenado,
No acto de nascer,
A sofrer o meu destino
Sem me lamentar
Do Mundo mau e hostil,
Sou culpado e presunçoso,
De não ser mais corajoso
E me libertar.
Sou servil...

Ainda há pouco
Tentei o desafio de me encontrar!

Sabe do meu desejo
De morrer a sonhar,
Sem esperança de nova aurora,
Sem novo despertar...


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