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sábado, 26 de agosto de 2017

Talvez algum dia




Areias douradas,
Secas, molhadas
Da água do Mar.
Grãozinhos de estrelas
Tão finas e belas
E sempre a rolar.

Batidas, das ondas
De cristas redondas,
Cobertas de espuma.
Desenham montanhas
Ou lembram aranhas
A mover-se em bruma.

Areias douradas
De águas passadas,
Lençóis de segredos,
Estendem lisuras
Ou moldam figuras
De todos os medos.

E eu assim olho
Neste meu escolho,
Visando sem ver.
Talvez algum dia
Eu sinta alegria
No Mar que me quer.


SOL da Esteva

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sábado, 19 de agosto de 2017

Sofrerei eternamente




 


Guarda-me em teu coração,
Como uma marca de beijo.


O coração não tem morte.


Com um pedaço de alma,
Eu acalento o desejo
(Mesmo) só em pensamento
E nele tenho a minha sorte.

O fausto dos meus sonhos,
Em nada se iguala ao teu rosto.

Grava-me no coração
Como uma tatuagem.
És tudo o que quero e procuro.
Deves olhar-me assim.

Repouso no coração
De quem minha alma deseja.

Sofrerei eternamente
Por apenas um só erro?
Partirei para não sofreres comigo.
Serás mais feliz sem mim.
Resguardar-me-á a paz,
Do mundo do amor meu
Iniciado no tempo.

Sofrerei eternamente
O Livro da Vida e da sorte.

Desejei o meu regresso,
Chorando a destruição
Que apenas vive na morte.



SOL da Esteva

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sábado, 12 de agosto de 2017

O sentir do coração



                    

Queres passar além de ti?

Não o podes, simplesmente.
Queres ultrapassar-te?
Isso, sim!
Mas já não serás tu;
É apenas esse corpo.

Tu (mesma) és a Alma que vibra
E sobre ela não passarás.

Pretenderias ser Mar?
Terias que ser água.
O Mar tem tempestades,
Calmarias e movimento;
Ele não é igual a si mesmo.
Tem Alma
E chora de tormento.

E o imenso Céu?
Tem as suas núvens,
O Sol e as Estrelas
Para além da imensidão.
Ele não é o azul.
É o espaço dos sonhos,
Intocável,
Impalpável,
Como o sentir do coração.


SOL da Esteva

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sábado, 5 de agosto de 2017

O sonho dos Poetas




Gela-se-me o peito, de tristeza,
Pelo tempo sombrio que passou.
A chuva persistiu e se entranhou
Na Alma permeável. Indefesa,

Matou o dia desta natureza;
Somente a flor silvestre se vingou,
Pois em sua corola se fechou
Desafiando o tempo que a despreza.

Escorre, o turbilhão, pelas valetas
E eu anseio um sol resplandecente
Além do Céu sombrio e encoberto.

Apenas resta o sonho dos Poetas
Vogando em fantasias, docemente,
Fazendo, da lonjura, estar-se perto.


SOL da Esteva

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