Verdade esconsa
Não sei como será uma intenção,
Quando não há vontade de cumprir
Aquilo que se anseia do porvir
E onde se guardou o coração.
Não sei se as promessas são, ou não,
A troca de favores, para servir
O ser mais desprendido, se o sentir
Maior loquacidade na oração!
E não se aceita, seja tão bisonha
A Alma que, sinceramente, sonha
Mesmo que paire acima das montanhas.
Tão só que a tendência do mortal
É pôr na boca a frase principal,
E a verdade esconsa nas entranhas.
SOL da Esteva
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