O Amor que me segura
Não sou nada para ti.
Sei-o,
Sinto-o...
Di-lo tu!
Porque vivo, eu,
Debaixo do mesmo Céu,
Se, de Amor, estou nu?
Não quero viver
O pensamento sagrado
De me haver apaixonado
Por uma Deusa terrena.
Antes, serei sofredor
Pelo que exceda, de Amor,
E transborde do meu peito.
Sinto pena!...
Mito.
És mito,
Fogo-fátuo esbatido
Na escuridão da noite.
Pedaço de esperança
Que me envolve a lembrança,
Dum passado...
Não tenho presente ou futuro.
Cambaleio tremendo,
Inseguro
Do amanhã que se apresta.
Sinto que não tive sorte
Na encarnação que resta
Antes da minha morte.
Para que conste,
Por pensamento, digo:
Choro e lamento
Não ser voz imperativa,
Que te impeça partires da minha vida,
Sem ter forças para libertar
As garras que te prendem.
Maldito seja o inferno!
Sabe,
Mesmo de Alma dilacerada,
Eu te quero muito.
Serás sempre a minha amada,
Porque o Amor que me segura,
É eterno.
SOL da Esteva
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