Uma nesga de vida
Renuncio,
Ao muito te querer
Sem sofrer,
Por muito te amar...
Terei de monologar
O meu desabafo de Amor
Adentro da minha dor
E ser só, no meu lugar.
Serás livre de ouvir,
De dizer e de pensar;
Mas eu não quero sorrir
Quando estou a chorar
A solidão que escolhi,
Por, triste, ficar sem ti.
Serei um naco de pão,
Um alimento de mim,
Num Mundo feito sem fim,
Para manter a paixão
De ter-te no coração.
Renuncio, inseguro,
Ao porvir desconhecido
Que se afirma, no escuro,
Bruxuleante e tremendo.
Aceita-me a fantasia,
Os sonhos de ti nascidos,
A força das horas boas,
A voz suave que soa nos meus ouvidos
Numa bela melodia.
Eu não conheço uma nesga de vida,
Que guarde no seu seio
Uma imagem tão querida!
SOL da Esteva
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