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sábado, 26 de setembro de 2015

Uma nesga de vida




                  

Renuncio,
Ao muito te querer
Sem sofrer,
Por muito te amar...

Terei de monologar
O meu desabafo de Amor
Adentro da minha dor
E ser só, no meu lugar.

Serás livre de ouvir,
De dizer e de pensar;
Mas eu não quero sorrir
Quando estou a chorar
A solidão que escolhi,
Por, triste, ficar sem ti.

Serei um naco de pão,
Um alimento de mim,
Num Mundo feito sem fim,
Para manter a paixão
De ter-te no coração.

Renuncio, inseguro,
Ao porvir desconhecido
Que se afirma, no escuro,
Bruxuleante e tremendo.

Aceita-me a fantasia,
Os sonhos de ti nascidos,
A força das horas boas,
A voz suave que soa nos meus ouvidos
Numa bela melodia.

Eu não conheço uma nesga de vida,
Que guarde no seu seio
Uma imagem tão querida!


SOL da Esteva

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sábado, 19 de setembro de 2015

Por uma rosa amarela






Receei olhar teus olhos,
Com medo, de baquear
Na decisão que tomei,
De só, em mim, eu te amar.

Desejo sejas mais livre
No pensar ou no querer,
No presente e no porvir.

Sei que muito hei-de sofrer,
Aqui, no meu mundo cão,
Ao desejar solidão,
Ou vontade de morrer.

Quando um dia,
Na campa fria repousar,
Te peço, do coração,
Na vontade fugidia,
Que me possas recordar
Por uma rosa amarela
Ou pela luz de uma vela.



 

SOL da Esteva

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sábado, 12 de setembro de 2015

Recuso-me modelar




                  

Que outro destino nos espera
Da solidão, comum, em que ficamos?

Não será a dor imensa e crua,
A revolta e orgulho pessoal,
O ferir quem aguarda e desespera
Na lentidão, sem luta,
O abandono,
Os gritos calados na rua
E a agonia fria e mortal?

O cerne do meu ser esfrangalhado,
Feito grão e pó,
Mesmo molhado
De lágrimas esconsas,
Dos suspiros saídos ao acaso,
Não será (nunca mais) alguém ou objecto.
Porque eu, identidade, tenho dó
De me erguer,
Amassando e modelando
Gente para sofrer,
Gente que vive morta
Na Alma que não se importa.

Recuso-me!
Recuso-me modelar,
Sem garantias de amar!



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sábado, 5 de setembro de 2015

Ser feliz









Vejo-te dentro de mim,
Porque ali tens lugar.
Não saberei esconder
Quanto te quis e te quero,
Ou o volume que tens
Em tudo o que eu espero.
Mas haverei de saber
A quem tu deves querer
Na imolação do Amor,
Imenso,
Tanto, quanto penso,
Pelo seu real valor.

Quero que sejas feliz
Na vida que é só tua,
Vivas na Terra ou na Lua,
No segredo ou na ilusão,
Ou na tua solidão…

Despe-te, torna-te nua,
Dos receios, dos tormentos.
Ser simples, como se diz,
É assumir-se por rua,
Que conduz ao ser feliz!...



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