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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Os sonhos que escrevi





Eu desespero, no meu abandono,
Sabendo que o destino me negou.
Bem sinto, as folhas secas de Outono,
A Vida (triste Vida!) que sobrou.

...E tempo houve, que saí do sono
Aonde a minha Alma mergulhou.
Senti Amor, vivi... e veio o dono
De outra Primavera e me afogou.

Desejei, tão só, a contemplação
Da flor nascida no meu coração...
Muros de raiva, que o Céu ergueu,

Impedem que jamais eu possa olhar
O canteiro, de flores, a perfumar
Os sonhos que escrevi no azul do Céu.


 

SOL da Esteva

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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Pôr-do-sol




 



Rosto impalpável, belo, extasiante...
Corpo sagrado, quente, acolhedor...
Vejo, em teu seio, vivo e palpitante,
Um coração ardente e sedutor.

Se eu pudesse ter-me a cada instante
No imo desse ser, o meu fervor
Seria sementeira, fecundante,
Da qual germinaria só Amor.

Antes morrer, nas cinzas, sustentando
O fogo-fátuo, místico, inseguro,
Que esquecido no tempo e andar vogando...

...Só custa não guardar o que eu achei,
Pelo carinho lindo, branco e puro;
Jamais, tal pôr-do-sol, esquecerei!


 

SOL da Esteva

 

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

O Homem






Sou o homem
Que criou seu Mundo
Com suor
E o vê despido
De vantagens, vazio,
Sem sentido,
Sem pousio,
Perdido,
Despedaçado...

Sou o homem, desolado,
Que não foi vivido
Porque não viveu
(Não tendo nada para viver
Ou a doar),
Mas se sente roubado
Em todo o seu passado.

Sou aquele que vegeta,
Sem terra para enraizar,
Sem meta,
Porque a tentam apagar.

Pudesse destruir este Mundo,
Transformá-lo, com suor,
Num novo modo de viver,
Profundo,
Onde apenas coubesse o Amor,
Num novo renascer...

Sou apenas o homem!
Por louco, não me tomem.



SOL da Esteva




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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Arco-íris







Lá fora, chove mansamente;
O ar tem odor dos caminhos.
Na terra, estranhos baguinhos,
Gotas de água e pó, semente...

A chuva, caprichosamente,
Estica os dedos pequeninos,
Molha-os em sol, de raios finos,
E cria um halo sobre a gente.

E eu, aqui, desde o meu mundo,
Olho o vapor que se alevanta
Da terra, sofrida do calor…

Minha Alma? Sinto-a sem fundo,
Quando a Natureza me encanta,
Com mais este gesto de Amor.



SOL da Esteva

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