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sábado, 30 de novembro de 2013

Livro de Orações







A Alma, embriagada, se agitou
Na esperança, sem sentido, sossegado
O desejo de ouvir-te, oh Ser Amado,
Nesse momento que jamais chegou.

O tempo, indiferente, se passou
Tão ligeiro, tal sopro não notado...
...Se nada, ou se ninguém é o culpado,
Porquê a Natureza nos gerou?

E assim, desalentado, me curvei
Perante as horas lentas, que esperei
Sem ter um pensamento imperfeito.

Apenas a tristeza, em convulsão,
Rasgou mais uma folha de ilusão
Ao Livro de Orações, que é meu peito.



SOL da Esteva

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sábado, 23 de novembro de 2013

Renovado coração






Na sequência da vida, perpassou
Um fio de Amargura esvaecida.
Foi apenas a aragem, que agitou
A Alma magoada e dolorida.

Agora, quando tudo já passou,
Te sentes, por demais, incompreendida;
Relembra, renascida, o que ficou
Unido, por Amor, a outra vida.

E sente a companhia permanente
Da Alma que te ouve, mesmo ausente,
Sobretudo na tua solidão.

Se puderes guardar, de cada dia,
Um momento de esperança e alegria,
Terás um renovado coração.



SOL da Esteva

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sábado, 16 de novembro de 2013

Nunca deixarei de Amar





 
Se eu pudesse ser apenas eu,
Límpido, cristalino como o mar,
Teria, de certeza, todo o Céu
Afastar-me a tristeza e o pesar.

Mas sinto que a minha alma não morreu
E cria um novo sonho: agarrar
Tudo o que de novo renasceu
Das cinzas e, diverso, há-de ficar.

Não foi sem sofrimento que vivi,
Mas foi a solução que aprendi
Ao ter-te no meu peito, sem tocar...

Terás todo o aconchego e encantamento
Que possa, em ti, caber no pensamento:
Eu nunca deixarei de te amar.




SOL da Esteva

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sábado, 9 de novembro de 2013

Permita-o Deus








Mirei esses teus olhos, na pureza
Dum tal Amor, perene e impossível...
Ficou, a minha alma, na certeza
Que nada, mesmo nada, é mais terrível.

Senti tantas saudades e tristeza
De um coração fechado, insensível...
Eu quis-me despojar dessa burguesa
E putrefacta moda, intransponível...

Mas, sempre, a esperança está comigo,
Ainda que em Amor, só de um olhar,
Porque eu o sinto vivo, pelos Céus.

Feliz, a meu modo, ainda consigo
Tão só te veja, mesmo a sonhar,
Que possas senti-lo. Permita-o Deus.



 

SOL da Esteva

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sábado, 2 de novembro de 2013

Toda a Eternidade






 



O encontro
É motivo
De especulação,
Discórdia,
Desunião…

Quem dera voltar ao passado
E poder falar,
Dizer,
Olhos nos olhos,
Alma e Coração…
E ter um alguém a escutar.

Queria justificar
A falta,
O erro do beijar…
Obter o perdão
De quem sabe
O que é o querer,
Acreditar
Que, quando alguém cair,
Também se deve ajudar
A levantar,
Para voltar a viver.

Desejei fugir (e fugi!)
Procurando ser natural;
Mas tenho dentro de mim
A dor,
A solidão do meu mal.

Quem me dera poder falar
Ao melhor Amigo,
Pedir-lhe perdão...

… Já tivemos castigo bastante,
Ensinamentos,
Lições,
Para que o mal se apague
E, possamos tornar á Amizade
(Amizade sincera e pura)
Dos nossos corações.

Mas, se nada vale
A tal Destino,
Restar-nos-á o remorso
Roendo, devagarinho,
Lentamente,
A Vida que nos foge
Entre os dedos
E se espalhará pelo ar,
No Céu infindo,
Por toda a Eternidade. 


 


SOL da Esteva

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