Livro de Orações
A Alma, embriagada, se agitou
Na esperança, sem sentido, sossegado
O desejo de ouvir-te, oh Ser Amado,
Nesse momento que jamais chegou.
O tempo, indiferente, se passou
Tão ligeiro, tal sopro não notado...
...Se nada, ou se ninguém é o culpado,
Porquê a Natureza nos gerou?
E assim, desalentado, me curvei
Perante as horas lentas, que esperei
Sem ter um pensamento imperfeito.
Apenas a tristeza, em convulsão,
Rasgou mais uma folha de ilusão
Ao Livro de Orações, que é meu peito.
SOL da Esteva
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