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sábado, 27 de abril de 2013

Tempo perdido





 
 

Não nego aquela minha timidez
Ao te conhecer, ao seguir teus passos...
Acompanhar, na minha embriaguez,
Sentir ciúme, até, dos teus abraços...

Oh, prima-dona do meu coração,
Quanto eu sofri ao sentir-te ausente;
E, como calei, vendo a tua mão
Sendo levada, ali, na minha frente…

Tentei cruzar contigo o meu olhar,
(Apenas um só) que me prometesse
Outro pretexto, que eu pudesse usar.

Mas tu, sempre altaneira e rosto erguido,
Como se o mundo não nos conhecesse
Não percebeste quanto foi perdido.



 

SOL da Esteva

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sábado, 20 de abril de 2013

Seremos Portugal





 

Uma Guerra se acabou
E terminou um Regime;
Agora, recomeçou
E novo nome ditou
Ao Povo, a quem oprime.

Um Ditado, antigo, há
Que nos parece esquecido:
"Depois de mim haverá
Quem justiça me fará",
Mesmo que tenha morrido.

Desenterrei o passado,
Desde o tempo em que nasci;
Deu para ver, comparado,
Que o pão foi racionado…
Só muito tarde entendi.

Mas hoje, gente segura
Do saber que nunca teve,
Traz-nos fome, ainda mais dura;
Porque ninguém já atura
Pagar o quanto não deve.

E nos balanços do Lar,
Cada um come o que ganha;
Não se consegue gastar
Mais do que pode ganhar;
Só mesmo de forma estranha.

Assim, a Esperança das gentes
No saber de um Decano:
A Nação, dos Dirigentes,
Cria Leis, tão eloquentes,
Que nos induzem engano.

Depois, quem paga, não deve!
Quem se governa, também!
Fica claro, como a neve,
Que esmaga a pobre plebe,
Humilha, oprime e contém.

A Pátria, por mim, amada,
Não cabe em meu coração.                                
Acho-a bem mais desgraçada
Do que quando foi tomada,
Antes da Restauração.

E, Miguéis de Vasconcelos,
São gente que mais nos sobra;
Vendilhões de camartelos
Que derrubam os Castelos,
E nunca nos mostram obra.

A Nobreza dum Estado
É o seu Povo, com certeza.
O Portugal, maltratado,
Dos pobres, é espoliado...
Só sobra choro e tristeza.

Queremos sabedoria
E competência, também.
Porque pão e alegria
Só o ganha, noite ou dia,
Quem não for um Zé-ninguém.

No tempo certo, será,
Numa reforma real,
Tudo se resolverá.
Esta “raça” acabará
E seremos PORTUGAL.


 

SOL da Esteva

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sábado, 13 de abril de 2013

Sonho vivo





 


Réstia de luz me clareou a alma…
Lua de prata. Sonho dum momento.
Remédio santo, que me deixa calma,
Neste desejo do meu pensamento.

E no lampejo dos teus olhos lindos
Aonde voga esta fantasia,
Eu vi promessas de sonhos infindos,
Felicidade (a dois) e alegria.

Então morri, no mundo que me tem
E prolonguei a minha plenitude,
No sonho vivo que o Amor mantém.

E não desejo voltar mais á terra
Sem a certeza, de te ter em mim,
Nesta aliança que o Amor encerra.



SOL da Esteva

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sábado, 6 de abril de 2013

Fantasia








P’las escuras noites, em criança,
Eu tive visões de estarrecer.
Gritos, vozes, da minha lembrança              
E que nunca mais vou esquecer.

Ficam-me encrespados, os cabelos,                 
Pelas sombras mortas e paradas                
Que lembram fantasmas, amarelos,           
Vindos de outro mundo: almas penadas

E a noite escura deu-se ao dia,
Diluindo mitos, pesadelos,
Da hora tremenda e vazia.

O sol radioso desfazia
As casas de sombra, os castelos,
Que, em mim, só foram fantasia.



 SOL da Esteva

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